segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mais mini-cursos confirmados.

VIOLÊNCIA URBANA E ESTÉTICA DA REPRESSÃO

O Mini-curso pretende abordar questões acerca da criminalidade urbana violenta em São Luís na última década e a repressão movida pelo Estado para “contê-la”, bem como a estética produzida pela mídia policial ao retratar cotidianamente esses fatos, apontando para os elementos de escárnio que, contidos nessas notícias, ajudam a formatar identidades sociais estigmatizadas. Trata-se da investigação de como experimentamos um processo de autodestruição como um prazer estético de primeira ordem (Benjamin) mediante um avançado processo de espetacularização da repressão (Debord), isto é, da transformação da repressão em imagem.

Ministrante: Prof. Luiz Eduardo Lopes Silva

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A HISTÓRIA E OS LUGARES DE MEMÓRIA: POLÍTICA E ESPAÇO DE CONSAGRAÇÃO.

O referido mini-curso pretende abordar a concepção de história estabelecida em lugares de memória como instituições que possuem a salvaguarda das culturas material e imaterial de um determinado lugar. A análise recai sobre como tais instituições por vezes desenham políticas públicas de preservação de um determinado tipo de memória e como tais práticas corroboram ou constroem determinadas imagens sobre o passado, quer reforçando, quer inventando tradições. O objetivo é traçar possibilidade de desenhos de outras possibilidades de reinvenção do passado e políticas diversificadas de salvaguarda do patrimonio cultural de um lugar.

Ministrantes:
Profº Drº José Henrique de Paula Borralho (UEMA)
Ana Raquel Alves de Araújo (graduanda UEMA)

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UNIVERSALISMO, IRRACIONALISMO E DELINQUÊNCIA ACADÊMICA: dialética da razão do poder e do poder da razão

O mundo existente como tempo presente encontra na ideologia o elemento de interiorização dos valores que orientam a prática social, organizando sua dominação para alcançar validade universal e incontestável. O estabelecimento dos consensos necessários para que o capitalismo histórico prevaleça e se perpetue, perpassa, ao longo de sua duração histórica, pela tentativa de consolidação do universalismo-particular das classes dominantes. À medida que a dominação material se alastra e os efeitos deletérios da “máquina infernal” capitalista deterioram a sociabilidade humana, criando uma espécie de individualismo sem individualidade, novas-pretéritas formas de irracionalismo são retomadas e reinventadas como ideologias, todavia estas ideologias se fazem como consolidação do cinismo em estado puro. A longa duração do capitalismo histórico já demonstrou que o mesmo pode ser regulado e administrado pelo poder-espetáculo difuso, pelo poder-espetáculo concentrado, pelo poder-espetáculo integrado. No mundo duplicado em fragmentos o antagonismo de classes se solidificou ainda mais, o que no movimento do pensar significa a agudização do antagonismo entre a razão do poder e o poder da razão. Este mini-curso objetiva discutir a centralidade da razão, que neste caso somente encontra substância numa perspectiva revolucionária, em opositividade à razão do poder, que cada vez mais necessita do apelo às modalidades irracionalistas de valorização das migalhas, do vazio e dos fragmentos. Trata-se, da elaboração de uma crítica aguda à delinqüência acadêmica, na sua versão pós-modernista, da desmobilização permanente, do gradualismo fraco e do pragmatismo vendido, retomando a necessidade dos teoremas da crítica integral ao capitalismo total, numa perspectiva abertamente marxista e revolucionária.

Ministrante: Prof. Saulo Pinto Silva

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MARXISMO E DEMOCRACIA

A proposta do mini-curso ressalta que para ampliar o debate nesta contemporaneidade no interior dos aparatos acadêmicos acerca da democracia ou mesmo a respeito das determinações do tema republicano é preciso levar em conta o viés teórico de Marx e do marxismo enquanto fundamento essencial.
A idéia comum que se tem da democracia é vista pelas lentes de Marx de um modo completamente diferente. Para o “mouro”, esse senso comum relativo à democracia na sociedade burguesa não expressa, sob nenhuma hipótese, o conceito marxiano de “verdadeira democracia”.
Segundo os pressupostos de Marx, a principal questão acerca da democracia passa pela crítica da compreensão moderna do conceito “Estado Democrático de Direito” deve ser superada na perspectiva de que a humanidade alcance o verdadeiro conteúdo que correspondesse à democracia. Neste caso, o desafio histórico é ultrapassar a democracia conforme esta é aplicada no viés “liberal” ou no sentido da “política” burguesa para se chegar à verdadeira democracia.
Quando demarca essa diferença posta na dicotomia entre o Estado político e a democracia, Marx tem em mente a essência do político, o genuíno princípio político. Afinal, o verdadeiro estatuto do político não se subordina ao Estado. Ao contrário, Para o pensamento marxiano, é, historicamente, o processo que levará a superação do Estado o grande acontecimento que levará a humanidade à “verdadeira democracia”, através do exercício de uma política com um novo caráter, sem as representações e mistificações da democracia burguesa.

Ministrante: Prof. Dr. Paulo Rios

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ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS SOBRE CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS: GRANDES EMPREENDIMENTOS X COMUNIDADES INDIGENAS.

Ementa: Os conflitos sócio-ambientais envolvendo populações tradicionais, principalmente as indígenas, têm trazido à tona um debate público a respeito das diferentes formas de apropriação dos recursos naturais e as implicações a respeito dos modelos de gestão de tais recursos e dos modelos de administração de conflitos. Tal problemática social tem gerado um acúmulo de reflexão no domínio da História, da Geografia, da Antropologia, dentre outras ciências. Neste minicurso pretendemos apresentar um conjunto de visões, a partir de estudos de casos, de conflitos decorrentes dos diferentes usos do solo e dos recursos hídricos, ou seja, as demandas territoriais no Brasil, principalmente em relação a comunidades indígenas atingidas por usinas hidrelétricas.

Coordenadora: Jaciene Pereira é graduada em Ciências Aquáticas (Gestão de Recursos Hídricos) e graduanda em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão.



Abraços a todos,

XI EMEH.

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