Das justificativas...

3. JUSTIFICATIVA

A realização do XI EMEH justifica-se por ser um encontro que irá discutir e aprofundar novos e velhos debates de âmbito da FEMEH.

Diante da dinâmica da vida social qual a importância do discurso historiográfico? Que tipo de interferência no campo social é possível a este tipo de discurso? Como este é percebido pelas categorias históricas? Que aproximação é possível entre a produção acadêmica e a sociedade?

É buscando discutir esta e outras questões que elaboramos este encontro que tem como sua razão debater de forma dinâmica e aprofundada o papel do historiador numa sociedade que diversas vezes emite o discurso anti-histórico, individualizante, fragmentado e momentâneo.

Este encontro visa ir além da produção acadêmica e problematizar sobre o quão transformador das relações de poder é possível ao historiador ser dentro de nossa temporalidade, algo fundamental para o exercício do ofício de historiador. Ofício este que, confronta-se, direta ou indiretamente, com os propágulos da grande mídia, da educação tecnicista e acrítica que visam um aprendizado em que os conteúdos ficam fracionados, descontextualizados, desproblematizados, reprodutores do quadro social onde são produzidos e justifica bem o quão acertado foi o tema deste encontro. Sublimemente resume os nossos principais problemas e dores-de-cabeça e materializa todas as nossas históricas tarefas.

Para nós a educação deve ser um instrumento essencial para a auto-determinação e soberania dos povos. Para isso, qualquer instituição de ensino superior deve estar ligada à sociedade e dar respostas às suas contradições e necessidades. Daí a importância da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Somente quando o aprendizado e a produção de conhecimento são feitos cotidianamente em conjunto com a sociedade, é que a universidade ganha auto-reflexão crítica e contribui para a emancipação social.

Nesse sentido, esse será um grande momento para nós - estudantes, desta instituição de ensino superior, futuros (as) profissionais e cidadãos (ãs) – pensarmos na nossa organização e intervenção na sociedade, no sentido de colaborarmos para a superação dos inúmeros problemas sociais do qual somos participantes.